quarta-feira, 24 de março de 2010

Pai do :-) ataca emoticons animados

No dia 19 de setembro de 1982, o cientista norte-americano Scott Fahlman, então com 34 anos, acordou tarde. Já passava das 11h da manhã em Pittsburgh, na Pensilvânia, quando ele pulou da cama. Como de costume, a primeira coisa que fez foi se debruçar sobre o computador. Exatamente às 11h44, disparou um e-mail para o fórum on-line do qual fazia parte na Universidade Carnegie Mellon. Nascia ali o primeiro emoticon da rede.

"De vários ângulos, aquela foi uma das coisas mais desinteressantes que já fiz na vida", diz o Fahlman, hoje com 62 anos, em entrevista à Folha Online.

Seu recado foi curto e objetivo. Teve pouco menos de 170 caracteres. Cansado de mal-entendidos surgidos na troca de e-mails entre pesquisadores e estudantes, que misturavam assuntos sérios com recados humorísticos quase nunca interpretados de forma bem-humorada, Fahlman sugeriu: quando estivessem contando piadas, colocariam :-). Caso enveredassem para temas importantes, a mensagem viria com um compulsório :-(.

Seu e-mail é o mais antigo registro do uso de emoticon em uma rede --mais especificamente na Arpanet, embrião da internet. Para muitos, é a própria invenção da carinha, embora o pesquisador admita tentativas mais antigas de se montar uma expressão facial por meio de caracteres, só que no mundo off-line e de outras maneiras.

Alguns meses depois da mensagem seminal, as carinhas de Fahlman tinham se espalhado por outros fóruns. O cientista notou que, conforme seu e-mail circulava pelos EUA e em outros países, novos emoticons iam surgindo. De óculos escuros, boca aberta, com boné e até uma versão do Papai Noel.

Fahlman, um prestigiado estudioso de inteligência artificial, diz nunca ter ganho um centavo com sua Mona Lisa montada à base de símbolos gráficos. Por outro lado, mostra-se orgulhoso da invenção ao rechaçar os emoticons animados. Também relativiza a ideia de que o uso desse tipo de muleta verbal torne as pessoas mais preguiçosas na hora de articular ideias.

"Nem todos têm a habilidade literária de [William] Shakespeare ou [Mark] Twain, e mesmo os gênios têm seus dias ruins", diz, em sua página na internet. Além disso, "se Shakespeare estivesse fazendo uma breve nota de reclamação sobre a falta de vagas de estacionamento, ele provavelmente ia produzir a mesma prosa desleixada que nós".

Folha Online - O sr. já conseguiu algum dinheiro com sua "invenção"?

Scott Fahlman - Eu nunca tirei dinheiro disso e nem acho que seria possível. Se as pessoas precisassem ter uma permissão ou pagar royalties para usar os símbolos :-) e :-(, elas simplesmente procurariam outra coisa para usar no lugar. Então, para o bem ou para o mal, esse tem sido o meu pequeno presente para o mundo.

Uma ou duas mesas de palestras entraram em contato comigo, mas estou ocupado demais com as pesquisas para gastar tempo dando palestra por dinheiro. De qualquer forma, não tenho muito a dizer sobre os dez minutos da minha vida em que elaborei o :-) e coloquei numa mensagem. De vários ângulos, aquela foi uma das coisas mais desinteressantes que já fiz na vida.

Folha Online - Que tipo de trabalho o sr. tinha antes de sugerir o uso de emoticons em um grupo de e-mails?

Fahlman - Eu tinha o mesmo emprego que tenho hoje: sou professor de pesquisa na Universidade Carnegie Mellon em Pittsburgh, trabalhando com inteligência artificial --sobretudo em tentar reproduzir o conhecimento do "senso comum" em um computador e fazê-lo entender a linguagem natural. Estamos progredindo, mas é uma equação muito difícil.

Folha Online - O que o sr. pensa sobre os emoticons animados, usados sobretudo em programas de mensagens instantâneas?

Fahlman - Não gosto daqueles círculos amarelos e dos emoticons animados. São feios, meio que estragam toda a diversão. É mais desafiador tentar descobrir maneiras de expressar as emoções humanas usando só o conjunto padrão de caracteres do alfabeto romano. Suponho também que eu prefira esse tipo de emoticon porque desempenhei um papel na sua invenção.

Folha Online - O sr. concorda que essas carinhas tornam as pessoas mais preguiçosas na hora de se expressarem?

Fahlman - Elas economizam esforço se você quiser indicar explicitamente que algo é uma brincadeira. O que é preguiça para alguns é eficiência para outros.

Folha Online - Qual é o seu emoticon favorito?

Fahlman - Eu recebo crédito pelos :-) e :-(. Outro que as pessoas usam frequentemente e que eu gostaria de ter inventado é a carinha piscando;-). E talvez o emoticon que grita :-O.

Folha Online - O sr. se considera uma pessoa mais :-) ou :-(?

Fahlman - Bom, há algumas coisas ruins no mundo, outras boas e há ainda as coisas neutras. Cabe a cada indivíduo focar no :-( ou no :-). Tive dias ruins, algumas vezes sem qualquer motivo óbvio, mas, felizmente, me recuperei rapidamente. Tenho tido muita sorte na vida. Basicamente, sou uma pessoa feliz.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u710992.shtml

terça-feira, 16 de março de 2010

Vendas pela internet movimentam R$ 10,6 bi em 2009 e crescem 30%

As compras feitas pela internet no ano passado totalizaram R$ 10,6 bilhões, com alta de 30% no confronto com o mesmo período em 2008, de acordo com pesquisa da e-bit, consultoria de comércio eletrônico.

Os números divulgados nesta terça-feira não consideram as vendas de veículos, passagens aéreas e leilões virtuais. Cerca de 17,6 milhões de consumidores brasileiros já haviam feito pelo menos uma compra pela internet ao final de 2009, segundo o levantamento, com crescimento de 33%. O número representa 26% dos internautas no Brasil, o que mostra, segundo a consultoria, que ainda há muito espaço para crescer.

Entre os motivos do aumento no faturamento está a entrada das Casas Bahia, em fevereiro de 2009, no mundo virtual. Com a chegada do varejista francês Carrefour no comércio eletrônico neste mês, todas as grandes redes presentes do país agora oferecem aos clientes a possibilidade de compras pelo mundo virtual.

Livros, revistas e jornais lideram as vendas virtuais, seguidos de saúde, beleza e medicamentos.

Com a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca, os eletrodomésticos garantiram a terceira posição no ranking, logo à frente de itens de informática e eletrônicos.

No ano passado, 79% das entregas foram feitas dentro do prazo, com destaque negativo para o Nordeste (73%). O índice de atrasos foi maior na região, de acordo com a e-bit, pelo fato de a maioria dos centros de distribuição das lojas virtuais se concentrar no Sudeste.

Para 2010, a previsão é movimentar R$ 13,6 bilhões, repetindo o ritmo de expansão de 30% superior ao registrado no ano anterior. Ao final do 1º semestre, a projeção da e-bit é que 19,8 milhões de pessoas tenham adquirido pelo menos um produto pela internet e, para dezembro, a previsão é que o número chegue a 23 milhões.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u707493.shtml

sábado, 13 de março de 2010

Brasil atinge 2 milhões de domínios '.br'

O '.br' levou 17 anos para chegar ao primeiro milhão de domínios registrados e pouco mais de três anos para dobrar o volume, destaca NIC.br.
O Brasil alcançou a marca de 2 milhões de domínios '.br' na quinta-feira (11/3), anunciou o NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), na quinta-feira (11/3). A coordenação dos registros de nomes de domínio no País é feita pelo serviço Registro.br.

A soma já havia sido prevista pelo diretor-presidente do NIC.br - braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) -, Demi Getschko, em entrevista ao IDG Now!. Segundo ele, o '.br' levou 17 anos para chegar ao primeiro milhão de domínios registrados e pouco mais de três anos para dobrar o volume.

Mesmo durante a crise financeira mundial entre os anos de 2008 e 2009, a taxa de crescimento de registros de domínios se manteve estável, em torno de 20% anuais, ressalta Getschko, no comunicado do NIC.br.

O código brasileiro publicado há 21 anos, em 1989, está entre os dez com maior número de registros no mundo.

Contando a anuidade de 30 reais cobrada pela manutenção de cada domínio, o NIC.br terá uma receita de mais de 60 milhões por ano.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/03/12/brasil-atinge-2-milhoes-de-dominios-br

sexta-feira, 5 de março de 2010

Americanos preferem notícias online aos jornais impressos

Uma nova pesquisa mostra que internet já é mais procurada pelos americanos para ler as notícias do que os jornais impressos, embora os canais de TV ainda sejam a primeira opção para a maioria.

Ler notícias online já é a 3ª forma mais popular de acompanhar o que acontece no mundo, de acordo com o estudo do Pew Research Center for people and the press (em português Centro de Pesquisas Pew para as pessoas e a imprensa).

Sessenta e um, por cento dos leitores pesquisados disse obter as notícias pela internet, 78% assiste aos canais de TV locais e 71% acompanha as redes de TV nacionais, como a NBC, a CNN ou Fox News.

O site Tech Radar ressalta ainda que 90% dos entrevistados utilizam mais de um método para se informar.

Amy Mitchell, vice-diretora do Projeto Pew Research Center para a Excelência em Jornalismo, conta que, geralmente, os estadunidenses não possuem um site favorito, mas também não procuram aleatoriamente; a maioria dos consumidores de notícias online lê entre 2 a 5 sites já conhecidos. Apenas 21% confia em apenas um site para obter notícias e informações.

Os assuntos mais populares são a previsão do tempo, eventos nacionais e saúde. Além disso, quase a metade dos entrevistados afirmou gostar das novidades científicas e descobertas e 41% citou religião e espiritualidade, informa o site TG Daily.

A internet, porém, não agrada a todos. Enquanto metade dos entrevistados acredita ser mais fácil ficar informado hoje do que há cinco anos, 70% acham que o volume de informações sobrecarrega o indivíduo. Apenas 50% dos entrevistados afirmaram ser leitores regulares de jornais impressos.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI4297897-EI4802,00-Americanos+preferem+noticias+online+aos+jornais+impressos.html

quinta-feira, 4 de março de 2010

Para executivo do Google, desktops vão ser irrelevantes em três anos

Crescimento da venda de smartphones pelo mundo empolga empresa, que pretende reforçar investimento em negócios de buscas móveis.
Uma coisa é certa: o Google não está exatamente confiante nas possibilidades a longo prazo para desktops convencionais ou laptops. Em relação às buscas online, os computadores tradicionais serão irrelevantes em três anos, segundo o vice-presidente de operações globais da empresa, John Herlihy.

Herlihy, que mora na Irlanda, fez suas previsões sobre os desktops durante um discurso na conferência Digital Landscapes em Dublin, de acordo com o serviço de notícias de tecnologia irlandês SiliconRepublic.com.

“Em três anos, desktops serão irrelevantes. No Japão, a maior parte dos estudos atualmente é feita em smartphones, não PCs”, disse o executivo.

O discurso de Herlihy segue a linha de pensamento do CEO da empresa, Eric Schmidt, que anunciou em fevereiro que o Google ia focar nas buscas móveis, não em desktops, e pediu para desenvolvedores de aplicativos fazerem o mesmo.

Em sua palestra no Mobile World Congress, em Barcelona, Schmidt apontou que as vendas globais de smartphones e outros dispositivos móveis crescem rapidamente e em breve vão superar as vendas de PCs convencionais.

Há poucas dúvidas de que os smartphones estão presentes no mundo inteiro. De acordo com um relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de dois terços de toda a população mundial atualmente usa telefone celular, e a revolução dos dispositivos móveis ainda está no começo.

Mas isso significa que os desktops estão com os dias contados?

Certamente, o foco da estratégia do Google na computação em nuvem e na conectividade é visível em cada projeto da empresa, seja em aplicativos de produtividade online, como o Google Docs, ou na sua rede experimental de banda larga via fibra óptica.

Mas é mais provável que os PCs convencionais tenham uma vida mais longa e saudável do que o Google diz. Grandes desktops estão desaparecendo, obviamente, mas isso se deve a novos desenvolvimentos. Laptops menores, mais leves e com maior mobilidade vão ganhar espaço, exceto em lugares que precisam de processamento local máximo para energia e armazenamento.

Os smartphones são ótimos para muitas coisas, mas não são dispositivos para substituir desktops, seja em casa ou no escritório. Novos aparelhos, como o iPad e outros tablets similares, podem ser a ponte entre telefone e desktop. E laptops vão se tornar populares em países em desenvolvimento, principalmente com a queda no preço do aparelho.

Talvez um dia as categorias “smartphone” e “laptop” deixem de ser usadas e tudo seja chamado simplesmente de dispositivo móvel.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2010/03/04/para-executivo-do-google-desktops-vao-ser-irrelevantes-em-tres-anos

quarta-feira, 3 de março de 2010

TSE: Eleitor pode solicitar título ou mudança de endereço via internet

Pedidos podem ser feitos pelo site do TSE e prazo para solicitações vai até o dia 5 de maio.

O eleitor que precisar mudar o endereço registrado no título de eleitor tem até 5 de maio para fazer a transferência. O prazo também vale para quem vai tirar a primeira via do documento. Mas o que muitos não sabem é que esse processo pode ser iniciado sem sair de casa.

Desde julho de 2009, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza o serviço Título Net, que permite aos usuários fazer seus requerimentos a partir de qualquer computador conectado à internet.

O sistema não faz tudo, mas facilita: trata-se de um pré-atendimento. Depois de realizar o requerimento, o eleitor precisa imprimir um protocolo e comparecer a um cartório eleitoral para comprovar os documentos e concluir o atendimento. O site permite que o cidadão acompanhe o andamento do processo e oferce página com respostas a dúvidas comuns que os eleitores possam ter em relação ao serviço.

Incompatibilidade
O único problema é que a página só funciona corretamente navegadores Internet Explorer e Google Chrome. Ao tentar fazer um requerimento no Firefox, Safari ou Opera, a confirmação captcha falha e o site diz que os “dados de identificação não conferem”, não permitindo avançar para a próxima página. O teste foi realizado com as versões mais recentes de cada navegador.

O sistema captcha é um recurso automatizado que verifica se os dados foram inseridos por uma pessoa ou por um software para evitar fraudes de usuários mal intencionados.

Fonte: http://pcworld.uol.com.br/noticias/2010/03/03/tse-eleitor-pode-solicitar-titulo-ou-mudanca-de-endereco-via-internet